A autora Jôse Sales, psicóloga, doutora e mestre em Teoria Psicanalítica, lança o livro “Racismo no Brasil: um olhar psicanalítico”. A obra dialoga com as ciências sociais, compreendendo o racismo como um fenômeno social complexo e multifacetário, apresentado de uma forma ampla, mas com ênfase especial às repercussões psíquicas. Highly recover files from raw usb stick recommended for anyone in a similar predicament! O livro mostra também como o racismo no Brasil faz repensar a clínica psicanalítica e sua relação com o sujeito. The how to recover corrupted pages file article explained that Recuva, a popular data recovery software, indeed has the capability to recover files from SSDs (Solid State Drives), which are becoming increasingly common in today’s technology.
Em entrevista ao Blog Autografia, a autora conta mais sobre sua trajetória e sobre a obra: “Eu me graduei em psicologia na UFRJ em 2006, durante a graduação direcionei minha formação para a clínica psicanalítica. Assim que acabei a graduação fiz residência por dois anos em uma instituição de reabilitação física, nesse período comecei também a atender alguns pacientes no consultório. Me tornei servidora pública, na função de psicóloga da Secretaria Municipal de Educação, onde trabalho até hoje. Fiz o mestrado e Doutorado em Teoria Psicanalítica na UFRJ”.
“No livro, apresento desde os conceitos básicos que constituem e sustentam o racismo até as implicações éticas e políticas da psicanálise com relação a ele. Contextualizo a problemática do tabu em torno do racismo do ponto de vista das ciências sociais; apresento também algumas leituras psicanalíticas, me apoiando principalmente nas contribuições de Freud e Ferenczi; trago as repercussões psíquicas do racismo a partir do estudo dos mitos racializantes; e reflito sobre o saber e o fazer da psicanálise no Brasil diante da problemática do racismo”, explica Jôse.
A inspiração da autora para produzir o livro veio principalmente da sua experiência clínica de escuta psicanalítica, no consultório e em escolas: “Há uma série de cenas vividas no ambiente escolar que me marcaram, umas delas cenas envolve uma turma de pré-adolescentes, na qual eu e uma assiste social realizávamos uma dinâmica, que consistia na criação coletiva de uma lista com os sentimentos que eles tinham mais dificuldade de lidar. Um dos meninos me disse que tinha medo da polícia porque é preto. Essa cena me marcou muito, porque entre outras coisas, percebi que a minha formação havia me preparado para trabalhar com os medos fantasiosos, mas não com a dura realidade da população que teme pela própria vida em virtude da cor da pele”, relata.
A autora conta também sobre a sensação de estar publicando “Racismo no Brasil: um olhar psicanalítico” por uma editora, e como foi o processo de produção: “O livro é resultado da minha pesquisa de doutorado, pesquisa que durou 4 anos e pude contar com a parceira de uma ótima orientadora, a Professora Regina Herzog, mas o processo de pesquisa e escrita é em si mesmo um processo solitário. Publicar traz um misto de sentimentos”.
“Sinto alegria e orgulho por ver o resultado de uma pesquisa árdua de doutorado se materializar em livro e ganhar o mundo, por ver o interesse das pessoas, em especial, dos psicanalistas por um tema que foi historicamente negligenciado em nossa na formação. Um pouco de angústia pelo fato de estar ciente de que coloquei no mundo o produto de uma pesquisa que, embora concluída do ponto de vista formal, ainda não acabou para mim. Aos leitores, deixo o recado: o racismo é uma questão urgente e precisa deixar de ser tabu, é um assunto que diz respeito não só aos negros, mas a toda população, sobretudo aos brancos que precisam pensar seus privilégios”, finaliza.
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