Jornalista lança romance gay ambientado em São Paulo

O autor e jornalista Thiago Rosa lança “Tudo o que é bom é passageiro”, romance com temática LGBTQIA+. O livro narra a história de Márcio, um homem gay com mais de 30 anos que vive no Reino Unido com seu namorado – até que sua vida muda completamente. Após a morte de seu melhor amigo em São Paulo, Márcio precisa voltar à cidade e se depara com seu passado voltando à tona, reencontrando antigos amores, lembranças de sua infância e resgatando memórias e vivências acerca da descoberta de sua sexualidade.

Em entrevista ao Blog Autografia, Thiago conta mais sobre sua trajetória e sobre o tema do livro: “Eu tenho formação em jornalismo e, apesar de hoje ter uma empresa com meu sócio voltada para o comércio do mundo geek, a vida profissional me levou para o universo da tecnologia e das telecomunicações, onde atuo até hoje. Me dedico a alguns projetos particulares, em especial sobre os temas de direitos humanos ou do mundo LGBTQIA+, do qual faço parte. Por ter uma formação familiar dentro da religião e filosofia espírita, durante quatro anos eu apresentei, ao lado de amigos, o programa de rádio Mutirão, sobre Direitos Humanos e Espiritismo, e também ajudei a idealizar o movimento Espírita pelos Direitos Humanos”.  

“Toda a trama se passa a partir dessa volta de Márcio com o seu passado em que, cada capítulo, cada passo que ele dá, é uma volta no tempo com suas lembranças, é a infância e como que surgiu o gosto por garotos, é o amor platônico que ele não pôde dividir com ninguém na adolescência, são as baladas ‘GLS’ no final dos anos 90, os boys, os namorados e os pés na bunda, as drogas, uma vivência gay num tempo e numa cidade mais hostil à cultura LGBTQIA+, os preconceitos e todas as dificuldades e delícias que ele experimentou ao longo de sua vida até este momento do retorno”, relata ele.

A inspiração para Thiago escrever a obra veio, principalmente, de suas próprias lembranças e experiências: “São histórias verdadeiras que eu vi ou ouvi, ou que até mesmo eu tenho experimentado; a inspiração foi na vida, nas histórias dos meus amigos e tudo o que eles viveram. Até porque eu falo de épocas bem particulares, como a infância nos anos 80, das músicas de bate-cabelo do final do século passado, do carnaval chamado de Bas-fond, das dublagens das divas, da cultura drag e um medo terrível de doenças como o HIV, tido ainda na época como uma praga gay ou de um veredicto de quase morte e, até mesmo, caracterizado como algo sujo”, conta.

Thiago compartilha ainda sobre a produção da obra, que se iniciou em 2017 e foi finalizada em 2020: “Terminei durante a pandemia. A demora em terminar é porque o próprio livro foi escrito em três fases importantes da minha vida. A primeira eu estava casado com meu ex há quase 18 anos; aí, logo depois que comecei a escrever, veio a separação, com uma melancolia profunda e uma dificuldade de criar; e, por fim, já recuperado de tudo, feliz comigo mesmo, com novas experiências da vida e que a terapia ajudou a me transformar, eu consegui encerrar”.

Para o autor, publicar a obra traz grandes expectativas em relação às impressões do livro nos leitores, principalmente na comunidade LGBTQIA+, mas também provoca muita alegria: “Já tive retornos positivos, de meninos, homens, que se sentiram representados pela história e que se embriagaram pelos cenários que ali são explanados. Isso é muito louco e é incrível. Minha expectativa é de lançar uma segunda edição, de cair no gosto das pessoas e ter uma singela aprovação para eu continuar escrevendo. Estou me esforçando muito e divulgando bem ele pra isso. Espero que gostem”, finaliza. O livro “Tudo o que é bom é passageiro” está à venda em nossa loja online, adquira o seu exemplar clicando aqui!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.