5 mitos e verdades sobre o hábito de leitura no Brasil

A leitura é uma atividade importante e deve estar presente em nossa rotina. Entre os inúmeros benefícios que ela traz, há o aprimoramento do vocabulário e a dinamização do raciocínio e da interpretação, além de ser uma porta de entrada para a aquisição de conhecimento e informação.

No entanto, não é difícil vermos nos noticiários como esse hábito tem sido comprometido nos últimos anos, e como as pessoas estão trocando os livros por outras formas de entretenimento e obtenção de saberes.

E como será que o Brasil se encaixa nesse cenário? Como anda o hábito de leitura do brasileiro? No post de hoje, iremos discutir mitos e verdades sobre o costume de leitura no Brasil. Fique com a gente e confira!

O brasileiro não possui hábito de leitura

Verdade. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), a leitura é um hábito de 56% dos brasileiros. Em média, os entrevistados disseram ler 2,54 livros nos três meses anteriores à realização da pesquisa.

Quando comparado ao restante do mundo, segundo dados da agência Nop World, o Brasil está na 28ª colocação dos países em que mais se lê. Países como Venezuela, Argentina e México despontam à frente do Brasil, enquanto Índia e China lideram o ranking.

O brasileiro prefere os romances

Mito. Mais uma vez recorrendo aos dados da pesquisa realizada pelo IPL, o livro mais lido pelo brasileiro é a Bíblia e outros livros de teor religioso, os quais abrangem 42% dos leitores brasileiros.

Somente em segundo lugar vêm os contos e romances, com 22% de preferência do público entrevistado. Os livros didáticos ficaram em terceiro lugar, atingindo 16% da população, enquanto 15% dizem ter os livros infantis como sendo habituais.

O brasileiro não lê por falta de tempo

Verdade. Segundo os dados da pesquisa, 43% da população não lê por falta de tempo, enquanto 77% da população diz querer ter lido mais caso tivesse tempo e disposição para isso.

Entretanto, essa não é a única razão que impossibilita o brasileiro de se aproximar dos livros. Há uma significativa parcela da população que diz realmente não gostar de ler: entre os que não têm hábito de leitura, 28% dizem simplesmente não gostar de ler, enquanto 13% alegaram que não têm paciência para fazê-lo.

Ademais, entre os entrevistados que possuem dificuldades para ler, as razões mais frequentes são: falta de paciência (24%), leitura feita muito devagar (20%) e problemas de visão (17%).

O brasileiro não lê autores brasileiros

Mito. De acordo com uma pesquisa realizada pela Nielsen, entre os dez livros mais vendidos no Brasil em 2015, há a presença de seis autores brasileiros, os quais são: Marcelo Rossi (Philia), Edyr Macedo (Nada a Perder 3), Kéfera (Muito Mais Que Cinco Minutos), Augusto Cury (Ansiedade), Isabela Freitas (Não Se Apega) e Christian Figueiredo (Eu Fico Loko).

Desse modo, fica claro que há uma forte presença de autores brasileiros entre os mais lidos no Brasil.

O grau de leitura tem relação com o nível de escolaridade da população

Verdade. De volta à pesquisa do IPL, em 2011, o índice de leitores no Brasil era de 50% — 6% inferior quando comparado ao índice de 2016. 

Uma das principais motivações apontadas para o aumento das pessoas que se declaram leitoras é o índice de escolaridade. Nos últimos cinco anos, o país vem aumentando os níveis de escolaridade média da população, diminuindo as taxas de analfabetismo e aumentando o número de pessoas que concluem o Ensino Médio e Superior.

Dessa forma, frente a todos esses dados, fica claro que o Brasil tem aumentado o hábito de leitura de sua população. No entanto, é evidente que muitas melhorias precisam ser feitas e ainda há muito chão para o país ser considerado, de fato, um país leitor.

Frente a isso, é essencial entender o perfil de leitura do brasileiro e compreender quais são os novos hábitos de leitura, a fim de focar na criação de livros que se adequem à demanda do público.

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