Quando um escritor entra para o mundo editorial, ele se depara com alguns termos usados na área e pode ficar em dúvida sobre o que essas palavras querem dizer. Um desses termos é a famosa “tiragem de livros”. Você sabe a que as pessoas se referem quando mencionam isso?
Entender o conceito de tiragem é fundamental se você é ou pretende ser um autor. Com essa compreensão, você consegue calcular melhor quantos exemplares do seu livro devem ser produzidos, além de outros aspectos.
Continue a leitura para saber mais sobre esse tema!
O que é a tiragem de livros?
O conceito de tiragem é muito simples: quando se trata de livro impresso, é o número de exemplares produzidos. É comum que surja, também, dúvida sobre a diferença entre “tiragem”, “reimpressão” e “edição”, então saiba que as duas primeiras palavras são sinônimas, mas a última tem outro significado.
A edição diz respeito ao conteúdo final, ou seja, o texto que foi revisado, editado e que vai compor o livro — seja em formato físico ou digital. A primeira vez que um livro é lançado se chama “primeira edição”, e então se define a quantidade de exemplares que serão feitos, ou seja: a tiragem ou impressão.
Se os exemplares se esgotarem e for preciso imprimir mais, sem alterar o conteúdo, o livro terá uma nova tiragem — ou uma reimpressão — mas continuará em primeira edição.
Mas, se o autor ou a editora decidem fazer mudanças no texto, a edição já não será considerada como primeira, e sim como segunda, para a qual se define outra vez a tiragem (quantos exemplares serão impressos).
Como funciona a tiragem?
A tiragem de livros é executada por gráficas e, atualmente, os tipos mais comuns de impressão oferecidos por essas empresas são:
Offset
Impressão rápida, indicada para grandes quantidades de exemplares, quando há muitas cores e o prazo é curto. Assim, é ideal para revistas ou jornais, por exemplo.
Digital
Tampouco é demorada, mas é mais indicada para trabalhos que precisam de alta definição e tenham poucas cores, como livros, cardápios ou convites.
Das duas opções, a offset é mais cara, por exigir equipamentos especializados e que nem todas as gráficas que conseguem fazer. Com isso, acaba que a impressão digital é a de melhor custo-benefício quando a tiragem de livros é baixa, ficando em torno de 100 e 500 exemplares. Acima dessa quantidade, já se considera alta tiragem e compensa fazer em offset.
De que maneira definir a tiragem de um livro?
Os escritores iniciantes geralmente optam pela baixa tiragem, visto que ainda não sabem se a obra será bem recebida no mercado.
Lendo essa informação, você deve estar pensando: “mas imprimindo pouca quantidade, o preço de cada livro deve ficar mais caro“. Realmente, você tem razão. Mas, considere o fato de que é mais fácil garantir a venda de 100 exemplares, por exemplo, do que imprimir 1000 e ficar com os livros estocados.
Portanto, a melhor forma de definir a tiragem do seu livro é fazendo orçamentos distintos, tendo em mente não só a quantidade de pessoas que podem se interessar pela sua obra, mas considerando também aspectos como o tipo de papel e os acabamentos, incluindo:
- costura;
- tamanho;
- cores;
- capa dura etc.
É possível pedir mais tiragens?
Não há limite para pedir novas tiragens de um livro, mas é preciso considerar alguns aspectos. Não faz sentido solicitar a reimpressão caso a edição da obra mude, por exemplo. Do contrário, se não houver alterações no conteúdo, o autor pode pedir a tiragem de mais exemplares.
Para valer a pena o investimento em uma nova tiragem, recomenda-se que ela seja solicitada quando você perceber que há demanda pelo livro, ou seja, quando estiver seguro de que os novos exemplares de fato serão comprados pelos leitores.
Agora que o conceito de tiragem de livros já está esclarecido, que tal conhecer as alternativas disponíveis para materializar sua obra para venda? Leia nosso post sobre como publicar um livro e confira as diferentes maneiras de fazer isso!