4 autores inspiradores para quem quer escrever um livro

A leitura tem sempre um papel primordial como suporte na hora de escrever. Mas não importa o quanto você leia ou pratique a sua redação, não há escritor iniciante ou experiente que já não tenha passado pela síndrome do papel em branco.

A falta de inspiração ou de referências para criar um material novo não é apenas um acontecimento indesejado, mas sim uma parte natural do processo de escrita. Por isso, é importante que você conheça alguns autores inspiradores para ajudar no seu trabalho e estimular novas ideias. how to recover files not in recycle bin

No post de hoje, você vai conhecer 4 escritores que influenciam e encantam outros escritores. Confira!

1. Fernando Pessoa

Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi o poeta, escritor e representante mais importante do modernismo em Portugal. Além de ter traduzido várias obras do inglês para português, e vice-versa, o autor usou muitos tipos de pseudônimos diferentes em suas obras.

Isso quer dizer que alguns de seus trabalhos foram assinados com seu próprio nome e outros com heterônimos diversos. Cada um deles tinha uma personalidade e estilo literário próprio, o que pode servir como um manual para quem deseja adaptar sua linguagem para públicos diferentes.

2. Clarice Lispector

Entre os autores inspiradores mais famosos do mundo, eis uma poderosa fonte para aqueles escritores que desejam inovar.

Clarice Lispector é uma das autoras e jornalistas mais apreciadas da literatura modernista brasileira. Isso porque, com sua abordagem intimista, ela conseguiu inserir elementos sentimentais de forma criativa e única em seus textos. how to recover a file that is shift deleted

Priorizando a expressividade e a liberdade do pensamento, a introspecção marcante da escritora é algo que deve ser observado por todos aqueles que precisam de uma inspiração mais original para trazer sensibilidade ao texto que desejam escrever.

3. Gabriel García Márquez

O colombiano é um dos autores inspiradores mais conhecidos no mundo. Famoso por Cem anos de solidão, uma renomada obra de realismo mágico, foi vencedor do Nobel de Literatura em 1982.

O escritor, jornalista e editor é um exemplo de disciplina e foco, já que, para criar sua obra-prima, costumava se desligar do mundo diariamente para exercitar a imaginação que marca seu trabalho e também para explorar ao máximo o seu potencial criativo.

4. Oscar Wilde

Além de poeta e escritor, Oscar Wilde também foi um aclamado dramaturgo de origem irlandesa, que se dedicou a diversos gêneros literários. Devido à sua especialidade em criar constatações caracterizadas pela ironia, cinismo e sarcasmo, ele influencia diversos autores até hoje.

Os escritores mais artísticos, que buscam por roteiros originais e personagens marcantes, podem se inspirar em suas novelas, poesias, contos infantis e dramas para escreverem suas próprias histórias.

Sabemos que criar um livro é um processo difícil e complexo, que depende de muito esforço mental, energia e boas referências. Por isso, esperamos que esta pequena lista ajude você a identificar e trabalhar as semelhanças desses autores com o seu próprio jeito de escrever.

Gostou do post? Conhece algum outro escritor que mudou o universo da literatura? Aproveite a oportunidade para nos contar quais são os autores inspiradores que mais influenciam o seu estilo e deixe seu comentário!

Conheça as teses do conto de Ricardo Piglia

O escritor e teórico literário argentino Ricardo Piglia transita tranquilamente entre a crítica, o conto e a novela. O autor de Nombre falso (livro de contos) escreveu sobre o gênero conto em diversas ocasiões, expondo duas teses sobre ele. Nesse post vamos explicá-las de modo que possam ser aplicadas no desenvolvimento de um conto feito por um escritor iniciante.

Ricardo Piglia, em um de seus textos, mais precisamente em Critica y ficción, escreveu o capítulo Tesis sobre el cuento, no qual expõe duas teses partindo de uma anedota registrada por Anton Tchekhov em algumas anotações: “Em Montecarlo, um homem vai ao cassino, ganha um milhão, retorna à sua casa e suicida.” Eis o esboço de um conto.

No excerto de Tchekhov, o jogador obtém um montante volumoso de dinheiro, no entanto, acontece um fato improvável: suicida-se. São, de fato, duas histórias e importa mostrar como elas se entrelaçam. Piglia analisa como seria relatada esta anedota (ambas as histórias) pelas visões clássica e moderna.

1ª tese: O conto conta sempre duas histórias 

O conto sempre conta uma história visível e outra oculta, e esta última é narrada de forma enigmática. A cada história corresponde um sistema de causalidade (diferente). As partes imprescindíveis do conto intervêm em ambas as histórias e são utilizados de forma diferente em cada uma.

A forma clássica do conto produz o efeito surpresa, quando é revelado o final da história oculta. Tal desenlace convida a uma nova leitura, focalizada na observação da segunda narrativa, a qual esteve todo tempo implícita. Algo semelhante acontece nos romances policiais ou no gênero suspense.

2ª tese: A história oculta é a chave de leitura da forma do conto e suas variações.

O autor explica que a versão moderna do conto descarta o final surpresa, relata duas histórias como se fossem uma e trabalha a tensão entre elas, sem nunca solucioná-la.

As múltiplas possibilidades de um final são encarregadas de dar sentido a esta forma narrativa. Para além do desfecho escolhido pelo escritor, o interessante é que o leitor deve desdobrar-se para resolver a história.

No conto de Jorge Luis Borges, La forma de la espada, o narrador do relato visível ouve um testemunho do protagonista da história secreta. No desfecho emerge o oculto (a história secreta). Deste modo, se narra uma história para dar lugar a outra. Diferentemente do conto de Tchekhov, No mar da Crimeia, no qual as histórias pareciam ser uma.

Algo semelhante acontece em Why Don’t You Dance?, conto de Raymond Carver, já que, por meio de sinais, é permitido ao leitor fazer suas próprias conjecturas, deixando que imagine as causas ocultas. Por exemplo, qual é a razão que leva o dono da casa a colocar os móveis no pátio, na mesma disposição que se encontram no interior da residência? É uma intenção que perdura durante todo o relato. Parece algo construído, exclusivamente, para permitir que o leitor infira o recôndito do conto e reflita.

Possivelmente, aquelas frases que aparentam estar desconectadas, as que à primeira vista não encaixam, definitivamente, são muito importantes porque vinculam o que aparece ao que se omite. Como menciona Piglia, em relação à teoria do iceberg, numa tradução livre, “o mais importante nunca se conta.”

Qual estilo de escrita é mais interessante para você: clássico ou moderno? Deixe o seu comentário a respeito.

Como identificar o público-alvo de meus livros antes de divulgá-los?

Identificar o público-alvo do seu livro antes de partir para o processo de divulgação é essencial para garantir sucesso no mercado editorial. O livro é pensado em termos de forma e conteúdo para um determinado grupo de leitores e chegar até essas pessoas é muito importante para o autor. Como fazer isso envolve um processo dinâmico e instigante.

É importante pensar em algumas questões básicas que ajudam a compreender melhor quem é esse público-alvo e como estabelecer com ele uma relação mais produtiva. Como esse público se comporta, quais suas principais características e anseios? Como seu livro vai interferir na vida do público? Ele será uma aquisição útil em que medida?

Essas questões estão no centro do processo de publicação de uma obra literária e norteiam as estratégias para atingir um público-alvo de forma aprofundada. Alguns tópicos especiais merecem uma atenção redobrada. Quer saber mais? Confira!

Linguagem

A literatura infanto-juvenil, por exemplo, exige algumas adaptações para um público que se inicia no hábito da leitura e tem determinado apreço por temas mais lúdicos ou fantásticos, além de um cuidado com a linguagem para cativar essa faixa etária. É preciso conhecer a fundo seu leitor e estar em sintonia com a abordagem que o atraia.

Um livro com palavras complexas ou raciocínios de difícil compreensão afasta um leitor escolar, mas pode casar bem com um leitor acadêmico versado na área. Tudo depende de qual público-alvo está na mira.

Classificação indicativa

Pensar a linguagem na obra literária é adequá-la conjuntamente à faixa etária a que o livro se destina. Um jovem leitor está mais antenado nos tempos atuais com a chamada literatura jovem adulta (do inglês “young adult literature”) do que com o texto clássico tradicional.

Essas diferenças de interesse literário variam de acordo com a faixa etária, porém, não se trata de uma receita de bolo. É preciso ter em mente o quanto as pessoas são influenciáveis por amigos e familiares e de como esses gostos mudam com certa facilidade.

Gênero literário

Há diversos gêneros na literatura e muitos autores conseguem caminhar bem por vários deles. Porém, é comum que alguns gêneros se deem melhor nos nichos de mercado mais tradicionais e outros, mais ousados, consigam um público diferenciado. O importante é definir o gênero do seu livro com clareza para colocá-lo no mercado.

Literatura policial é um nicho muito relevante, que há décadas movimenta o mercado literário. Porém, atende um grupo de leitores com interesses em comum pelo suspense narrativo. É preciso conhecer esse público-alvo com profundidade para saber de que ele sente falta de ler nesse segmento e, assim, produzir algo novo e que chame atenção pela sua qualidade.

Utilidade do conteúdo

O conteúdo produzido, antes de chegar a uma versão final do texto, serviu a toda uma expectativa do autor em abordar um determinado tema e produzir algo relevante sobre ele. Essa utilidade do conteúdo produzido precisa estar clara, sabendo o que já foi feito no segmento e como o público-alvo recebeu essas obras publicadas.

Assim, há tempo para conceber algo que surpreenda o público e lhe garanta uma experiência de leitura prazerosa, não caindo na velha e fácil oportunidade de encher o mercado com títulos variados acerca de um mesmo aspecto da vida do leitor.

O público está sempre em constante mutação. Os leitores desenvolvem novos interesses e aptidões de acordo com as fases de suas vidas e, por isso, seus enfoques de leitura também mudam. Não se deve esquecer a necessidade de estar antenado com as novas tendências que surgem e podem ajudar a identificar o público-alvo do seu livro com mais clareza e objetividade.

Sente-se pronto para divulgar seu livro? Quer saber mais sobre o assunto? Então siga a nossa página no Facebook e fique por dentro!

Entenda a importância da figura do herói para histórias de sucesso

Quando pensamos na figura do herói, os primeiros nomes que costumam vir à mente são guerreiros como Hércules e Odisseu ou, ainda, personagens como os Vingadores e o Super-Homem.

No entanto, vale lembrar que o conceito vai muito além da ideia de um guerreiro que luta para proteger a justiça e o bem, sendo uma das peças fundamentais para a estrutura de uma história. Continue lendo para entender melhor a figura do herói e a sua importância!

A figura do herói

A ideia de herói tem origem nos mitos gregos, cujos guerreiros se destacam pelos seus poderes e ações que excedem a capacidade humana. Isso nem sempre quer dizer força física ou habilidades paranormais: para os gregos, atitudes altruístas e guiadas por uma lógica não egoísta eram uma demonstração do sagrado.

Talvez seja daí que venha a associação que fazemos, hoje em dia, entre a figura do herói, uma índole impecável e motivações nobres. Porém, quando falamos do herói de uma história, o conceito vai além disso.

No livro O Herói de Mil Faces, Joseph Campbell analisa uma espécie de “modelo” de herói que se repete em quase todos os mitos ao redor do mundo, com base nas teorias de Freud e Jung, fundadores da psicanálise. Desse modo, Campbell compreendeu que, na simbologia das mitologias, esse personagem representa a relação de uma pessoa com seu próprio ego e a superação dos seus limites.

Assim, um herói bem-sucedido, tanto no sentido clássico quanto na análise de Campbell, seria aquele que consegue dominar e transcender o próprio ego.

O anti-herói

Além de descrever esse modelo geral de herói (que recebe o nome de “arquétipo”), Campbell também identificou várias modalidades dessa figura que apareciam nas histórias. O anti-herói é uma das mais famosas dentre essas variações.

Como o nome indica, esse é o personagem que contraria os valores e a moral tradicionalmente associados ao herói grego, mas ocupa o mesmo papel na narrativa (vamos falar disso mais a fundo no próximo tópico). Em termos simples, trata-se de alguém marginalizado ou mal visto pela sociedade, mas com quem o público se identifica.

Esse conceito surgiu durante o período medieval e, não à toa, um grande exemplo é Macbeth, de Shakespeare. Já na literatura nacional, o personagem Macunaíma, de Mário de Andrade, é sempre lembrado. Na cultura popular atual, Walter White, da série Breaking Bad, é um dos anti-heróis mais amados.

A importância do herói para a história

Na estrutura da narrativa, o herói é responsável por causar identificação com o público. É a partir do ponto de vista desse personagem que o leitor ou espectador vai acessar e acompanhar a história.

Em muitos casos, é ele quem determina, também, os personagens secundários que entrarão em ação, pois, muitas vezes, eles representam facetas da personalidade (ou ego) do herói.

O mais comum é que a identificação com o herói seja utilizada para passar os ensinamentos ou reflexões da narrativa — quando o protagonista e o herói coincidem, aprendemos junto com o personagem.

No entanto, escritores habilidosos também podem se aproveitar dessa conexão para inverter a norma e causar tensões que enriquecem a narrativa ou dão início a reflexões no público.

Hitchcock faz isso com maestria no filme Psicose. Ao matar a suposta heroína do filme em menos de 30 minutos, ele deixa os espectadores “perdidos”, causando uma sensação de confusão e levando a audiência a se identificar com um personagem que se revela, ao final, ser o vilão da história.

Com base em tudo o que foi dito, não é exagero concluir que a figura do herói ocupa um papel central na narrativa e é responsável por fazer todo o resto se encaixar.

Tendo consciência da importância desse personagem e sabendo trabalhá-lo bem, o escritor consegue acrescentar conflitos, questionamentos e aprendizados da maneira certa para construir uma história inesquecível!

Para entender ainda mais sobre como trabalhar a figura do herói, existe um conceito imprescindível, também trabalhado por Joseph Campbell: a jornada do herói. Não deixe de conferir nosso artigo sobre o assunto!

5 elementos fundamentais para escrever um livro de suspense

Escrever um livro de suspense é o objetivo de muitos que se aventuram no fantástico mundo da ficção. Não é por menos, pois o gênero é um dos preferidos dos leitores mais assíduos da literatura universal.

Embora com estilos muito diferentes, Agatha Christie, Arthur Conan Doyle, Stephen King e Dan Brown são todos autores clássicos e consagrados de histórias de mistério.

E se você também quer escrever um livro de suspense, precisa compreender bem estes cinco elementos fundamentais que devem estar presentes na sua história. Confira!

1. O ponto de vista privilegiado do leitor

Enquanto desenvolve um livro de suspense, lembre-se sempre de deixar o seu leitor antecipado. Faça-o “ver” os pontos de vista tanto do protagonista quanto do antagonista.

Permitir que o leitor tenha uma visão privilegiada do desenvolvimento da história faz com que ele consiga enxergar os problemas antes do protagonista. Quem lê toma conhecimento das linhas de convergência entre o protagonista e o antagonista e sente as consequências dos perigos à frente.

Esta técnica causa tensão no leitor, permitindo que o escritor coloque uma carga emocional sobre ele. A tensão é construída a partir dos medos implicados por quem lê, pois sabe que o herói está rumando ao desastre.

2. Dilemas para a construção de tensão

O antagonista precisa jogar com o psicológico do protagonista, desafiando-o ou colocando-o à prova para difíceis escolhas e tomadas de decisão.

Um bom exemplo é quando ele tem que optar por salvar uma pessoa e deixar outra para morrer, ou quando se vê obrigado a realizar determinada ação que jurou nunca mais fazer.

O antagonista, por sua natureza inescrupulosa, ultrapassa seus limites sem pensar duas vezes. Porém, o protagonista possui suas questões morais e, como herói, ele não pode deixar pessoas inocentes morrerem sem antes lutar por suas vidas.

Um fator crucial na questão dos dilemas é que eles precisam de tempo para serem resolvidos, e com a pressão de um tempo restrito, a tensão se constrói. Portanto, use esse recurso de provocar o protagonista e sua história tem um suspense criado com sucesso.

3. O fator de tempo restrito

Já que tocamos no assunto da restrição de tempo no tópico anterior, este é outro recurso-chave para escrever um livro de suspense com muita tensão.

O protagonista precisa trabalhar contra o tempo, e o relógio deve ser um aliado do antagonista.

Nas histórias de Sherlock Holmes, Conan Doyle trabalhava este recurso com maestria. O famoso detetive tinha o relógio como seu principal inimigo, pois precisava correr contra o tempo para resolver os enigmas que, muitas vezes, envolviam vidas em perigo.

Outro exemplo bastante conhecido é no livro Anjos e Demônios, de Dan Brown, quando Robert Langdon corre contra o relógio para evitar que uma bomba de antimatéria exploda e destrua toda a cidade.

4. Altas expectativas

Manter as expectativas altas não significa, necessariamente, que a história precise passar pela maior tragédia global, como a aniquilação da raça humana. Mas ela precisa ser sobre uma crise devastadora para o mundo do protagonista.

O herói deve estar disposto a fazer o que for necessário para evitar que desastres ocorram. A crise tem que se mostrar importante para assegurar que os leitores sentirão empatia pelo protagonista.

5. Recurso da pressão

Outro elemento essencial para se escrever um livro de suspense é a pressão. O protagonista deve trabalhar com probabilidades que pareçam insuperáveis. Todas as suas habilidades e forças devem ser direcionadas ao ponto de ruptura para “salvar o dia”.

O herói fraqueja, mas se recompõe diante das pressões aplicadas pelo antagonista. Deve haver somente uma pessoa deixada sob a sensação de impotência diante da história: o leitor.

Escrever um livro de suspense não precisa ser difícil. Com boas práticas e seguindo essas dicas, você conseguirá construir uma história incrível e cativante. Só não se esqueça do principal elemento para um bom livro: escrever sempre. Diariamente.

Agora, deixe um comentário aí embaixo no post e conte-nos suas expectativas para escrever seu próximo livro com muito suspense.

4 dicas de português para escritores iniciantes

Você escreve nas horas vagas e sonha em se tornar um escritor conhecido e viver da literatura, mas não sabe por onde começar? Fique tranquilo, pois este texto lhe ajudará a dar bons passos rumo à sua primeira noite de autógrafos.

Escrever bem vai muito além de ter boa imaginação e facilidade em criar histórias e personagens. Uma concordância errada, uma crase esquecida ou uma vírgula mal colocada podem comprometer o texto e a credibilidade do escritor.

Por isso, todos os escritores iniciantes precisam ficar muito atentos às regras da língua portuguesa para chegarem à categoria de escritor profissional. Sendo assim, veja o que preparamos neste artigo com 4 dicas de português para escritores em início de carreira.

1. Deve-se ficar atento à crase

Vamos começar por esse recurso de nossa língua que tanto confunde os escritores. Primeiramente, saiba que só ocorre crase antes de palavras femininas, exceto quando a palavra “moda” estiver subentendida (ex.: sapatos à [moda de] Luís XV).

Deve existir crase também quando houver informação de hora: “o lançamento do livro mais esperado do ano começa às 10h”. Mas se o horário informado for antecedido das preposições “desde”, “para” e “até”, há uma exceção: saberemos que “o horário do lançamento do livro foi alterado para as 10h30”.

Lembre-se além disso de que ocorre crase antes de locuções adverbiais que expressam tempo, lugar e modo (ex.: “à tarde, vou à praia às pressas”).

E de vez em quando, faça um teste: troque o “à” por “ao” e o substantivo feminino por um masculino. Se a nova frase estiver adequada, a original contém crase (ex.: Entreguei a carta à professora/ao professor).

2. É de boa-fé usar hífen no lugar certo 

Um elemento que também costuma dar dor de cabeça é o hífen. Então atenção!

Na junção de palavras, todos os super-heróis sabem que se a segunda começa com “h”, antes dela vem o hífen. Assim, eles sempre evitam um contra-ataque, pois sabem que também existe hífen antes da segunda palavra, se ela começar com a mesma vogal que encerra a primeira. E esse poder é super-requintado, porque ocorre igualmente no caso de mesmas consoantes.

Heroísmos à parte, lembre também que o hífen deve aparecer:

  • nas palavras antecedidas pelos prefixos “ex”, “sem”, “além”, “recém”, “aquém”, “pré”, “pós”;
  • nas palavras com sufixos de origem tupi-guarani: “açu”, “mirim”, “guaçu”;
  • nas palavras que formam encadeamentos vocabulares: “eixo Rio-São Paulo”.    

3. As aspas dizem o “não-dito”

Já leu “textos” de “escritores” que colocam “um monte” de expressões “entre aspas”? Isso pode deixar qualquer um com “dúvidas”, pois não sabemos se o autor quis mesmo “dizer aquilo” ou “outra coisa”. 

Portanto, ao escrever, não se esqueça de que as aspas devem ser usadas quando você:

  1. abrir e fechar citações (“Minha pátria é a Língua Portuguesa”, já dizia Fernando Pessoa);
  2. destacar palavras usadas fora do contexto habitual (Paulo Coelho escreve “super” bem);
  3. delimitar títulos de obras, como por exemplo, músicas e livros (A canção “Construção”, de Chico Buarque, brinca com proparoxítonas);
  4. usar estrangeirismos, gírias, expressões populares, neologismos (Antes de “deletar” as fotos, vou fazer um “backup” delas).

4. Vírgula, a rainha da separação

Uns usam demais, outros usam de menos. A vírgula costuma dar mesmo um nó na cabeça dos escritores! Mas nem por isso você vai sofrer. Use esse sinal de pontuação para:

Separar explicações dentro de uma frase

  • A vírgula, que é um elemento da língua portuguesa, tem suas próprias regras.

Separar tempo, lugar e modo em começo de frase

  • No ano passado, li vários livros de literatura

Elencar diversos itens

  • Comprei cebola, tomate, alface, palmito e azeitona.

Porém, nunca separe o sujeito e o verbo com vírgula (ERRADO: Fulano, joga bola à tarde), a não ser, é claro, no caso de vocativo (chamamento): Fulano, venha jogar bola à tarde.

Viu só como escrever não é apenas deixar o pensamento rolar solto? Para fazer com que a sua obra seja bem entendida e interpretada pelos leitores, é fundamental conhecer a nossa língua. Por isso, aproveite essas regras básicas que apresentamos e nunca se esqueça de sempre contar também com a ajuda de uma boa gramática e de um bom dicionário.

Se você quer ver mais dicas como essas, siga-nos nas redes sociais e prepare-se para o sucesso!

Escritor iniciante: saiba como construir uma audiência de leitores

Para um escritor iniciante, construir e cuidar de sua audiência pode ser uma das experiências mais enriquecedoras da sua vida. Criar relacionamentos sinceros com leitores pode se tornar fonte abundante de feedback e inspiração.

Algumas ações de promoção, infelizmente, ainda são um tabu para os escritores, mas um número crescente vem construindo bases de fãs e tendo resultados, tanto em vendas quanto em experiências. Hoje, o marketing para autores é tão comum e necessário quanto para um músico ou atores que convidam para conhecermos seus trabalhos.

Não se engane: não é uma tarefa simples. Construir sua audiência demanda tempo e dedicação. Neste post, ajudaremos você a dar os primeiros passos na direção dos seus leitores. Confira!

Comece com um propósito

Quem escreve tem a ambição de ser lido. Ou seja, escreve para um público. Que tal pensar sobre suas razões para escrever, que ideias você quer desenvolver na sua obra, que tipo de pessoas pretende alcançar? Trabalhar em suas razões ajuda a fortalecer seu propósito de escrever e a identificar seu público.

Refletir sobre estas questões é um exercício de imaginação e também uma bússola sobre a direção a seguir na construção de uma audiência que se beneficie da sua produção. Causar impacto positivo na vida das pessoas é um dos propósitos da literatura.

Defina uma estratégia antes da tática

Após ter uma ideia das pessoas que você pretende alcançar, é hora de traçar a estratégia para fazer isso acontecer. Nos estágios iniciais da sua produção, talvez você queira estabelecer uma conversação ativa com seus primeiros leitores. Um blog que permita comentários dos visitantes pode ser um bom ponto de partida.

Se já tem um livro pronto para publicação, crie uma lista de e-mails com seus leitores iniciais, estabeleça seu nome através de um site e amplie sua presença através das mídias sociais. Expanda.

Você vai passar um bom tempo executando o que planejar nesta etapa. É onde seu conteúdo começa a ser divulgado e promovido. Aproveite bem os canais de acesso ao público on-line. As reações ao seu conteúdo e, especialmente, as suas respostas a estas reações já são o indício de uma audiência.

Crie uma presença online sólida

Não perca de vista suas metas de crescimento. Mas é importante tomar alguns cuidados para não se desestimular, ou desestimular seus leitores.

Tenha limites bem definidos

Os leitores têm a sensação de conhecer bem o escritor por achar que algo sobre ele se revela em seu trabalho. Isso pode criar uma falsa intimidade, que é desconfortável para qualquer escritor.

Estabeleça limites para suas interações. Fale sobre seu livro, responda a perguntas relacionadas ao trabalho ou vá a um encontro on-line com um clube de leitura. Mas nada de falar sobre família e outras intimidades. Corra de fofocas sobre outros escritores ou a indústria editorial.

Seja acessível

Seus leitores precisam saber como contatá-lo. Pode ser um formulário no blog, um endereço de e-mail ou uma caixa postal. Muitos leitores gostam de expressar como o livro os impactou. Então, permita que eles digam. Deixe clara e visível sua maneira preferida de ser contatado.

Dê feedback

Se alguém escrever a você, responda pelo menos com um comentário rápido. Algo simples, como: “Oi, lamento não poder mandar uma resposta longa, estou escrevendo meu próximo livro. Muito obrigado!”.

Se tiver tempo, responda com relevância e comece uma interação verdadeira. Seus fãs vão se gabar disso com os amigos, multiplicando seu alcance.

Seja educado

Fique atento quando alguém escrever um texto mais longo sobre o seu trabalho, e agradeça sempre (independentemente de o texto ser positivo ou negativo). Agradeça pelo tempo dedicado a ler e comentar seu trabalho.

A reação costuma ser de surpresa por ser tratado de maneira agradável. É comum nascer daí uma conversa longa e interessante que pode ser aproveitada por você. Afinal, as críticas negativas, em geral, tendem a ser uma boa fonte de aprimoramento.

Para um escritor iniciante, construir relacionamentos com seus primeiros leitores pode ser divertido. É gratificante ver suas palavras acenderem a imaginação de outras pessoas e conquistando cada vez mais público.

Não tenha medo de se promover. Ter mais leitores fará com que você escreva ainda mais! Gostou das nossas dicas? Assine nossa newsletter para receber mais conteúdos como este!

Conheça o estilo de literatura barroca e seus principais autores

Por volta de 1600, a cultura europeia gerou um novo estilo artístico, conhecido como barroco. A tradução literal do termo barroco significa “irregular”, que demonstra que o estilo era considerado indisciplinado para os padrões do século XVII.

Mais tarde, o barroco se tornaria popular entre as cortes reais, simbolizando o poder emergente e grandioso dos novos monarcas. Esse estilo influenciou a pintura, a arquitetura e até a música da época.

Neste post, você verá os assuntos mais importantes, como o contexto histórico, além dos símbolos, características e estilos da literatura barroca. Quer saber mais sobre esse importante tipo de literatura para ser um escritor melhor? Continue a leitura e saiba mais!

O contexto do início do século XVII

O cenário era de crise política, econômica, social e religiosa. Lutero sacudiu as bases da igreja católica na Alemanha, e Calvino fez o mesmo na França. O Brasil, a princípio, não dava o lucro que Portugal esperava, e as grandes navegações começaram o seu declínio. Resumindo: os valores renascentistas ficaram em baixa, dando espaço para uma nova proposta.

O simbolismo

Diante da grande crise, o homem é obrigado a refletir. Com a reflexão, vem o conflito. O corpo e a alma, o homem e Deus, o antropocentrismo e o teocentrismo, o bem e o mal, o claro e o escuro, e mais uma série de dúvidas povoavam a imaginação das pessoas.

Na dúvida, dois estilos

Podemos separar a literatura barroca em dois estilos:

  • Barroco Cultismo: uso da linguagem culta e muito ligado à forma. Tem como maior influenciador o poeta espanhol Luis de Góngora;

  • Barroco Conceptismo: uso do raciocínio lógico e muito ligado ao conteúdo. Tem como maior influenciador o também poeta espanhol Francisco Quevedo.

Características

As principais características da literatura barroca são: pessimismo (do pó veio, ao pó voltarás), religiosidade (o homem pecador em busca da salvação), particularismo (o que é nacional possui mais valor), feísmo (o horrível pode ser belo), entre outras. Vale ressaltar que a literatura barroca usava e abusava de figuras de linguagem, metáforas, elipses, antíteses, paradoxos e hipérboles.

Além disso, esse estilo de literatura conta com características como fugacidade, conflito entre o corpo e a alma, rebuscamento da linguagem e moralismo. Veja como isso funciona!

Fugacidade

A fugacidade é uma concepção barroca que acredita que todas as coisas no mundo são instáveis e passageiras. Ou seja, tudo quanto se conhece no mundo muda, bem como as pessoas.

Contrastes

Pode-se dizer que o Barroco é uma arte de contraste e conflito. Expressa os diversos contrastes que regulam a experiência e existência humana, como: corpo x alma; vida x morte; fé x razão; Deus x Diabo. É possível ver esses contrastes nas produções barrocas, usando o jogo, palavras, conceitos e contrastes de imagens. Entretanto, os artistas não desejam apenas mostrar os contraditórios, mas também trazer conciliação. 

Rebuscamento da linguagem

A linguagem barroca é rebuscada e extremamente trabalhada. Utiliza diversos recursos de estilo, além de trabalhar com figuras de linguagem, hipérboles, antíteses, paradoxos e metáforas.

Moralismo

Como era utilizada por padres jesuítas com o intuito de pregar a religião e a fé cristã, a literatura é apresentada de forma moralista.

O Barroco no Brasil

Logo em 1601, o escritor Bento Teixeira publica a épica Prosopopeia.

Trecho de Prosopopeia:

A Lâmpada do Sol tinha encuberto,

Ao Mundo, sua luz serena e pura,

E a irmã dos três nomes descuberto

A sua tersa e circular figura.

Lá do portal de Dite, sempre aberto,

Tinha chegado, com a noite escura,

Morfeu, que com subtis e lentos passos

Atar vem dos mortais os membros lassos.

Outro autor que ficou marcado no barroco nacional foi Gregório de Matos, o famoso Boca do Inferno.

Trecho de Triste Bahia:

Triste Bahia!

Ó quão dessemelhante

Estás e estou do nosso antigo estado!

Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante.

O advogado e poeta barroco Manuel Botelho de Oliveira foi o primeiro autor nascido em solo brasileiro a publicar um livro.

Trecho de A Vida Solitária:

Que doce vida, que gentil ventura,

Que bem suave, que descanso eterno,

Da paz armado, livre do governo,

Se logra alegre, firme se assegura!

Frei Vicente de Salvador foi um historiador, cronista e religioso baiano. Ele exerceu cargos de cônego, governador do bispado do estado e vigário-geral. Uma das suas obras mais conhecidas é a “História do Brasil” que foi dividida em cinco livros e narra a forma de vida na colônia, mostrando momentos interessantes dos primeiros governadores, além de registrar anedotas e a forma de falar e viver em um lugar ainda novo.

Trecho de História do Brasil:

Inopem me copia facit, disse o poeta, e disse verdade, porque, onde as coisas são muitas, é forçado que se percam, como acontece ao que vindima a vinha fértil e abundante de fruto, que sempre lhe ficam muitos cachos de rabisco e assim me há sucedido com as coisas de mar e terra do Brasil de que trato. Pelo que me é necessário rabiscar ainda algumas, que farei neste capítulo, que quanto a todas é impossível relatá-las.

Faz no Brasil sal não só em salinas artificiais, mas em outras naturais, como no Cabo Frio e além do Rio Grande, onde se acha coalhado em grandes pedras muito e muito alvas.

Faz-se também muita cal, assim de pedra do mar como da terra, e de cascas de ostras que o gentio antigamente comia e se acham hoje montes delas cobertos de arvoredos, donde se tira e se coze engradada entre madeira com muita facilidade.

Há tucum, que são umas folhas quase de dois palmos de comprido, donde, só com a mão, sem outro artifício, se tira pita rijíssima, e cada folha dá uma estriga.

Frei Manuel da Santa Maria de Itaparica foi um poeta barroco brasileiro e um frade franciscano. Embora não se conheça muito da sua vida, sabe-se que foi professor na Ordem dos Frades Menores e, depois, dedicou-se à pregação. O frade foi influenciado por Camões e foi autor de “Eustáquios”, um poema sacro e que descreve o inferno e a ilha de Itaparica, termo usado em referência à cidade da Bahia.

Trecho de Eustáquios

Em o Brasil, Província desejada

Pelo metal luzente, que em si cria,

Que antigamente descoberta e achada

Foi de Cabral, que os mares discorria,

Perto donde está hoje situada

A opulenta e ilustríssima Bahia,

Jaz a ilha chamada Itaparica,

A qual no nome tem também ser rica.

 

Está posta bem defronte da Cidade,

Só três léguas distante e os moradores

Daquela a esta vêm com brevidade,

Se não faltam do Zéfiro os favores;

E ainda quando com ferocidade

Éolo está mostrando os seus rigores,

Para a Côrte navegam, sem que cessem,

E parece que os ventos lhe obedecem.

Agora que você sabe mais sobre literatura barroca, está pronto para dar um próximo passo. Escolha um bom autor e comece a ler. Dessa forma, será mais fácil para você escrever, ainda que seja um romance moderno. Mesmo os autores atuais bebem das fontes antigas. Por isso, não despreze a leitura de grandes obras.

Você já leu algum desses livros? O que achou? Comente agora mesmo este post e conte um pouco mais sobre sua experiência de leitura! Esperamos por você!

Saiba quais gêneros literários são mais lidos no Brasil e no mundo

Mesmo que a literatura não seja exatamente o hobby mais popular no Brasil, pesquisas recentes apontam um crescimento constante de leitores nos últimos anos, mostrando um potencial otimista para os livros e seus autores aqui no país.

Você sabia que os gêneros literários mais lidos pelos brasileiros são um tanto diferentes dos best-sellers no resto do mundo? No post de hoje, vamos falar sobre os tipos de livros que mais fazem sucesso aqui no Brasil em comparação aos mundialmente mais populares. Continue a leitura!

Os gêneros literários mais lidos no Brasil

A literatura mais popular em nosso país é a de ficção. Dividindo o gênero em segmentos mais específicos, temos o infantojuvenil como um dos mais apreciados, alcançando 8,4% do total de livros vendidos em 2013, segundo reportagem da Folha.

O segmento infantojuvenil fica atrás apenas da “literatura estrangeira”, com 21% das vendas. Essa determinação, entretanto, não é consenso entre todas as agências que realizam esse tipo de pesquisa, visto que o conceito de literatura estrangeira é abrangente e engloba muitos outros gêneros dependendo das métricas.

Por isso, seu número acaba ficando inflado e ele “rouba” algumas das vendas que poderiam ter sido contadas como sendo de outros gêneros. A maioria dos títulos infantojuvenis, por exemplo, vêm de fora e podem ser considerados, também, literatura estrangeira, dependendo de quem faz a análise.

Um infográfico feito pela Innovare Pesquisa e postado pelo Shereland mostra números que reafirmam esse gosto dos brasileiros. Nas métricas da Innovare, o gênero de ficção aparece como o mais vendido, com 7,87% das vendas, e ele certamente abrange a maioria dos títulos infantojuvenis publicados.

É fácil listar alguns exemplos do reconhecido sucesso do segmento infantojuvenil e que podem ser considerados, também, ficção e literatura estrangeira. São livros de séries como Harry Potter, Jogos Vorazes e Crepúsculo. O último lançamento da série de J.K. Rowling, chamado “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”, figura como líder absoluto dos títulos mais vendidos no último mês.

Os gêneros literários mais lidos no mundo

O gênero literário que mais cresce no mundo é o da autoajuda, segundo a Super Interessante. No ranking linkado acima, mesmo o segundo colocado por aqui já é pertencente a esse tipo de literatura.

Um bom exemplo aqui é “O Livro Vermelho”, de Mao Tsé-Tung. Enquanto a obra em si foi concebida muito antes de autoajuda se tornar um gênero, seu esmagador sucesso que perdura até hoje pode ser atribuído a um grande número de pessoas procurando o melhoramento pessoal por meio das palavras e citações do filósofo chinês. Segundo o Shereland, o título aparece como o segundo livro mais vendido do mundo nos últimos 50 anos, com 820 milhões de cópias distribuídas, ficando atrás somente da “Bíblia Sagrada”.

E então, estes foram os gêneros literários mais lidos que você esperava ver aqui no Brasil e no resto do mundo?

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11 formas de despertar ideias para escrever um livro

“Escrever um livro”, declarado assim, numa pancada só, parece uma tarefa gigante, uma realização muito difícil. Afinal, tudo começa com um passo já muito desafiador: ter boas ideias para escrever.

A boa notícia é que não é preciso esperar a musa aparecer para começar a escrever um livro. Existem várias maneiras de estimular sua criatividade e se inspirar. Se estiver disposto a testar por si mesmo, confira nossas 11 dicas para ter boas ideias:

1. Pratique a “tempestade de ideias”

Vinda da expressão em inglês “brainstorming”, a tempestade de ideias é um método que abre mão de formalismos e sistemas definidos para deixá-las fluírem livremente. Afinal, querer colocar no papel a história do livro já pronta e organizada é um tremendo assassinato de criatividade.

Experimente, pelo menos uma vez, se concentrar no assunto sobre o qual você quer escrever e sair anotando tudo o que vier à cabeça. Depois, monte um mapa mental com tudo o que você pôs no papel, organizando as ideias por correlação. Vai ficar muito mais fácil de desenvolver sua criatividade!

2. Mantenha um caderno de bolso

Nada mais frustrante do que ter uma ideia excelente para uma história no meio da rua e, quando chegar em casa, não conseguir se lembrar dela. Por isso, é importante sempre ter um caderno ao alcance das mãos. A melhor parte é que esse hábito de tomar notas vicia com facilidade. Uma vez que isso aconteça, você terá uma nova e poderosa ferramenta de criatividade e consulta.

3. Pratique regularmente uma atividade física

Uma parte considerável de nossas boas ideias acontecem durante atividades completamente desconectadas da escrita e do trabalho — pense nas inspirações que você já teve no chuveiro, por exemplo.

Só que você não precisa ficar esperando ideias caírem do céu. A adrenalina, o bem-estar e a concentração no exercício são extremamente favoráveis para a criatividade. Além de tudo, as atividades físicas ainda melhoram sua saúde!

4. Não faça absolutamente nada

Bom, quase nada. O objetivo é deixar sua mente relaxar e seus pensamentos viajaram para assuntos que não sejam relacionados à escrita. Ouvir música pode ajudar muito na hora de quebrar sua rotina e parar tudo para devanear.

Um efeito colateral possível é começar a rir sozinho de ideias absurdas, mas isso seria um ótimo sinal! Nesse ponto, você conseguiu relaxar e está tendo novas inspirações.

5. Pratique a observação e a escuta empática

Comece observando a si mesmo. A maioria das pessoas escuta já se preparando para responder ou retrucar. Em vez disso, experimente ouvir seu interlocutor sem interrompê-lo nem uma vez.

Se você já escuta empaticamente, pode passar para o próximo passo: ir para algum lugar lotado e ouvir tudo em sua volta. Como já estará habituado a ouvir serenamente, seu cérebro não vai atrapalhar o que você ouve com julgamentos e críticas.

Observar as pessoas à sua volta com a mesma serenidade com que escuta pode ser uma mina de ouro para ter novas ideias para escrever um livro, especialmente para a criação de personagens.

6. Leia muito e assista filmes e séries

A escrita só se efetiva, de fato, quando o autor lê muito. E aqui não vale só a leitura de livros intelectuais ou uma literatura muito complexa. Reportagens em jornais e revistas, aquele informativo de empresa, notícias publicadas em portais e várias outras categorias de leitura podem ajudar você a ter uma visão mais ampla de mundo.

Assistir a filmes e séries com assuntos similares ao que você deseja abordar em sua obra pode trazer lampejos interessantes para sua mente. Não se trata de copiar ideias de outras mídias, mas sim de buscar inspiração em fontes diversas.

7. Pesquise sobre o assunto que será abordado

Vamos supor, por exemplo, que você está escrevendo um romance que se passa no período de colonização do estado do Rio Grande do Sul. Nesse caso, você não pode deixar de ler O tempo e o vento, de Érico Veríssimo, que se passa em um cenário similar.

Outros autores gaúchos que escrevem literatura regionalista sobre o estado, como Simões Lopes Neto e Darcy Azambuja também podem ser fontes de consulta interessantes para a sua pesquisa.

O mesmo vale para qualquer outro assunto, época ou abordagem que você desenvolverá. O objetivo é consultar outras obras e mídias, para ter sólidos conhecimentos sobre o assunto.

8. Tenha a mente aberta

A mente de um escritor precisa estar sempre aberta para descobertas. Nunca desperdice uma ideia, por mais que ela pareça absurda em um primeiro momento.

Antes de descartar qualquer ideia, coloque-a no papel e veja como soa. Somente depois de um tempo, analise se vale a pena dar sequência a ela ou não.

9. Olhe imagens relacionadas

Assim como você deve assistir a filmes e séries e ler outras obras que tenham ligação com a sua, também pode observar imagens relacionadas. Na internet, há um portal inovador com imagens sobre qualquer tema.

Perdão se você esperava algo diferente, mas sim, o Google Imagens ajuda bastante nessa busca por novos insights. Ainda citando o exemplo de uma obra regionalista sobre o Rio Grande do Sul, você pode observar fotos dos pampas gaúchos, pinturas de artistas locais etc. Assim, você despertará boas ideias para escrever sobre a paisagem do cenário e as histórias que se passam na narrativa.

10. Converse com pessoas diferentes

Outra dica interessante para ter boas ideias para escrever um livro é estar sempre em contato com pessoas diferentes. Mas não vale ficar apenas no seu círculo familiar e de amigos.

Os seus leitores poderão ser qualquer pessoa, então puxe assunto com quem estiver na sua frente na fila da padaria, com a vendedora da farmácia etc. Com diferentes pontos de vista, você pode ter mais argumentos para desenrolar as situações em seu livro.

11. Saia da rotina para ter vivências enriquecedoras

Existem escritores que gostam de se isolar em um sítio ou chácara para terem liberdade para pensar em meio à natureza. Outros preferem ir até um café e ficar lá por horas esperando as ideias para escrever.

Não existe uma “receita de bolo” para isso. Você deve pensar em diferentes meios de sair da rotina para que possa viver experiências inusitadas e enriquecedoras. Assim, você vai deixar o seu repertório transbordando de ideias para escrever.

Com as sugestões descritas aqui, você terá uma nova perspectiva sobre como se inspirar e ter boas ideias para escrever um livro. Também não se esqueça de estudar teoria literária, pois assim você terá embasamento para escrever um livro de sucesso.

E para que você saiba como colocar as suas ideias de escrita no papel de uma vez por todas, recomendamos que baixe o nosso e-book “O guia definitivo para escrever um livro de sucesso”. Ele tem muitas dicas úteis para você!