Autor lança narrativas intensas tratando de problemáticas universais

O autor Djalma Braga Frattini sempre esteve imerso no mundo da literatura, foi dramaturgo, ator, diretor, professor de teatro e hoje lança a obra “Bofetada e êxtase”. No livro, Djalma escreve sobre a violência urbana, sobre a solidão, sobre os defeitos de caráter de uma gama generosa de personagens arquetípicas, sempre com simplicidade e com uma cumplicidade que não admite julgamentos precipitados.

Em entrevista ao Blog Autografia, Djalma conta mais sobre sua trajetória e sobre o tema do livro: “Minha trajetória pessoal e profissional é um tanto quanto longeva. Sou graduado pela FEBASP em Belas Artes e especializado em F.E.C.A (FUNDAMENTOS ESTRUTURAIS DA COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA) desde 1987, faz 35 anos, bastante tempo.

“Estreei como dramaturgo em 1987 com a montagem profissional de “FRAY”, peça de minha autoria, levada pelo Grupo Boi de Mamão para vários países da Europa e para a Austrália.”

“Minha história no teatro é bem abrangente: sou autor de seis peças montadas profissionalmente; fui diretor e ator; trabalhei como professor de teatro e FECA em muitas universidades (até na CAL do Rio de Janeiro e na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo); fui assistente de direção de Sérgio Britto; Antunes Filho; dividi encenações com Myriam Muniz e Luís Otávio Burnier; entre os anos 1990 e 2000 estive muito ligado ao teatro.”

“Em 2019, já aposentado de palcos e salas de aula, resolvi me dedicar inteiramente à Literatura. Minha primeira publicação fora da dramaturgia foi para a coletânea de contos sobre luto e morte “ABRAÇOS AUSENTES” (ed. Letraria, 2020). Também escrevo para algumas revistas digitais e sou resenhista. Então, faz 35 anos que lido com a palavra, uma luta hercúlea que não acabará tão cedo. É vocação…’

“ Em “BOFETADA E ÊXTASE” reuni 18 contos escritos entre 2019 e 2021. Narrativas intensas tratando de problemáticas universais. O leitor vai encontrar nos meus contos células teatrais definidas, os vestígios do dramaturgo: aquele encontro entre a tragédia e o grotesco das comédias; uma simbiose da qual não consigo fugir; além do suspense.”

“Sou um escritor preocupado com o entretenimento e com a coletividade: não gosto de chatices. Escrevo sobre a violência urbana, sobre a solidão, sobre os defeitos de caráter de uma gama generosa de personagens arquetípicas, sempre com simplicidade e com uma cumplicidade que não admite julgamentos precipitados. O mistério também está presente em “BOFETADA E ÊXTASE”, alguns contos frequentam o gênero policial de suspense psicológico, uma das minhas paixões.”

O autor ainda conta mais sobre o processo de produção do livro: “Nunca participei de Oficinas de Escrita Criativa, não é ‘coisa’ do meu tempo. Estudei artes e estou longe do autodidatismo.”

“Emprego uma metodologia muito particular no momento de criar minhas narrativas: desenho um triângulo de escadas; na base as personagens vão subindo os degraus e enfrentando os conflitos; nas pontas estão seus interiores escondidos; o desfecho está na afiação dessa flecha; o lado mais amolado sempre é o do corte final.”

“Parece complicado, mas não é. “Bofetada e Êxtase” são 18 flechadas. Costumo pensar no tempo como um grande cozinheiro e na memória como o único ingrediente essencial de suas receitas, e, na verdade, aquilo que realmente cozinha na literatura é a solidão do escritor.”

A inspiração para Djalma escrever o livro não foi bem uma inspiração: “Inspiração para escrever? Não sei do que se trata. Escrever no meu caso sempre foi uma obrigação íntima. Observo. Estudo. Um gesto, uma atitude singular, um instante de susto pode resolver a construção da personagem e o desenvolvimento da narrativa.”

“Todos nós estamos passando por um trânsito terrível de perdas, sofrimentos e angústias inesgotáveis. A responsabilidade do artista é o grito, o espelho que reflete o contrário elevando a consciência crítica do leitor. É um trabalho duro, árduo, solitário e quase enlouquecedor. A tal obrigação íntima pode ser encarada como uma doença artística.”

Para Djalma, publicar o livro traz a sensação de missão cumprida: “Estou muito contente com a concretização da publicação de “BOFETADA E ÊXTASE”, é o meu primeiro livro de contos (solo: canto sozinho). A Editora Autografia me proporciona uma grande liberdade para encaminhar a produção gráfica com um grande artista convidado (Rogério Bessa Gonçalves) que compôs belíssimas ilustrações para os contos.”

“Pretendo publicar meu primeiro romance em breve, assim que “BOFETADA E ÊXTASE” estiver disponível para todos. Também vou publicar meu “Teatro Completo 1” reunindo cinco de minhas peças teatrais. Aos poucos vou esvaziar minhas gavetas. Preciso de espaço para o voo dos anjos esbofeteados.”

“Se tenho um recado para os leitores? É claro que tenho: não me deixe despencar pelo abismo; me leia, por favor. E divirta-se com as piadas do destino. Reflita sobre os erros e acertos desses homens e mulheres desavisados.”

“Sentimentos, sensações e emoções não são sinônimos, vamos cuidar dos valores essenciais para a paz em nossas vidas. “BOFETADA E ÊXTASE” foi escrito pensando na coletividade. É o esgoto e a nascente das nossas realidades.”

“Me dê a sua mão e vamos passear pelas emoções, pelas sensações e pelos sentimentos dos nossos semelhantes tão diferentes. E não esqueça nunca: leia; faça a diferença; escape.”

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