A autora Ana De Nigris nunca pensou em se tornar escritora. No rol das artes, sua “praia” sempre foi a música e depois a pintura. Deixou a música de lado para se dedicar exclusivamente à pintura, nos últimos 33 anos, como retratista hiper-realista. No meio disso tudo, claro que vieram casamento, filhos, a Biologia, o magistério e a Odontologia. Não exerce mais a Odontologia, o fez por longos 30 anos. Porém, acredita que será ‘fessora’ até o último suspiro. Deve ser carma, quem sabe? Trabalha na rede pública municipal e estadual, lecionando Ciências e Biologia. Ainda pinta profissionalmente, desenvolve um projeto de arte na escola para alunos da rede pública e agora lança a obra “Crônicas Míopes” que foi aprovada no concurso do ‘Prêmio Oceanos’.
No livro, a autora aborda crônicas do seu cotidiano. Na obra, a autora reforça o livro é dividido em 3 partes: infância, juventude e vida adulta.
Em entrevista ao Blog Autografia, Ana conta mais sobre sua trajetória e sobre o tema do livro: “Eu nunca pensei em me tornar escritora. No rol das artes, minha “praia” sempre foi a música e depois a pintura. Deixei a música de lado para me dedicar exclusivamente à pintura, nos últimos 33 anos, como retratista hiper-realista”.
“No meio disso tudo, claro que vieram casamento, filhos, a Biologia, o magistério e a Odontologia. Não exerço mais a Odontologia, o fiz por longos 30 anos. Porém, acredito que serei ‘fessora até o último suspiro. Deve ser carma, quem sabe? Trabalho na rede pública municipal e estadual, lecionando Ciências e Biologia. Ainda pinto profissionalmente e desenvolvo um projeto de arte na escola para alunos da rede pública”.
“Eu amo crônicas. Tenho uma dose de sarcasmo e um bom humor meio que incompatível com o fato de ser professora, ainda mais no Brasil atual. Comecei a escrever crônicas do meu cotidiano e colocar semanalmente nas redes sociais. Fez tanto sucesso, eram tantas pessoas elogiando minha escrita bem humorada e leve, que acabei por aceitar o fato de, quem sabe, um dia, publicá-las. O livro é dividido em 3 partes: Infância, Juventude e Vida Adulta. Não é sem motivo que o subtítulo do livro é ‘Fragmentos de uma autobiografia'”.
A inspiração para Ana escrever o livro veio de sua vida: “Foi a ‘minha nada mole vida’! (risos… ou não). Tive uma infância e juventude muito difíceis, mas sempre achei que seria extremamente enfadonho para o leitor caso eu escrevesse um romance. Daí as crônicas. Permitem-me fragmentar a vida, trazer leveza e retirar as partes chatas. São Crônicas Míopes, de quem era, literalmente, míope “como uma porta” e via o cotidiano amargo tão desfocado quanto um míope vê a vida”.
A autora ainda conta mais sobre o processo de produção do livro: “Foi uma terapia. O processo da escrita me obrigou a revisitar o passado. Em se tratando de minha vida, minha história, é fácil concluir que foi um processo solitário. Mas foi bom, valeu a pena”.
“Produzir o livro foi muito simples, uma vez que muitas crônicas estavam prontas. Como também sou artista plástica, quis eu mesma fazer a capa, usando um retrato da minha infância. Aliás, o livro é totalmente ilustrado, todas as crônicas têm fotos ilustrativas”.
Para Ana, o livro traz uma sensação de nuances contraditórias, do medo à ansiedade: “Não tenho expectativas. Na minha idade, quem tem um pingo de experiência descarta o viver sobre expectativas. As vendas em minha cidade foram surpreendentes, sobraram poucos exemplares”.
“Estou participando do Prêmio Oceanos e só isso me enche de alegria. Os livros sempre ocuparam um protagonismo em minha vida, sou uma leitora voraz. Todos os escritores que conheço falam que lançar um livro é como parir um filho”.
“Eu concordo plenamente. Saber que cada leitor compartilha fragmentos de minha história é uma sensação repleta de nuances contraditórias, que vão do medo à ansiedade. Tem muita história não contada, escondida nas entrelinhas de minhas crônicas. Os leitores mais perspicazes percebem rapidamente”.
“Deixo um recado para aqueles que, como eu, lançam seu primeiro “filho” no mundo. Não tenham medo de expor seu imaginário, ou seu passado, seus versos, suas emoções. Parafraseando Guimarães Rosa, eu “rasguei-me e remendei-me”, encarei a vida de frente e fiz das adversidades as tintas com as quais pintei as telas do meu viver. E o resultado são esses fragmentos que compartilho com o leitor”.
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